O JORNAL NAS AULAS DE PORTUGUÊS
Desde o período imediatamente anterior à alfabetização, o jornal pode ser um instrumento especialmente útil para o recebimento de letras, números, palavras ou imagens, fornecendo elementos para uma espécie de “leitura”, do tipo que os aprendizes realizam com as primeiras histórias em quadrinhos. Mas adiante, para o exercício da leitura, o jornal oferece textos vivos, em linguagem direta, simbioticamente relacionadas com ilustrações, que muito facilmente chamam atenção e passam a constituir temas de animadas conversas entre os alunos.
Mais especificamente, nas quatro últimas séries do Ensino Fundamental, procura-se um domínio maior na capacidade de expressão escrita. Nesse sentido, a utilização do jornal pode representar uma contribuição extremamente importe. Sua linguagem direta, concisa, mas plena de informações significativas, serve de estímulo e degrau para a produção de textos mais ambiciosos do que os elaborados nas séries iniciais. O desenvolvimento da capacidade de articulação das idéias, do estabelecimento de relações entre aparentemente independentes, da competência na construção de argumentos é outro resultado esperado do ensino da língua nessa faixa etária para a qual os textos jornalísticos podem oferecer uma contribuição importante. Além disso, dado que os jornais muitas vezes referem-se a temas ou fatos vivenciados pelo leitor, a possibilidade de comparação entre fatos e verões, ou entre diferentes versões é especialmente favorável para o exercício de uma leitura crítica.
Resumindo, continuamente, os textos jornalísticos oferecem um cardápio variado, com múltiplas perspectivas de explorações de natureza didática. Dos editoriais, que podem ser exemplos de concisão, sem prejuízo da argumentação desenvolvida ou da mensagem veiculada, às páginas dos cadernos de Turismo, que fornecem elementos muito ricos para exercícios de descrição, praticamente tudo pode servir de apoio ao trabalho docente.
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